quarta-feira, fevereiro 27

As time goes by

Eu não sou um exemplo de pontualidade, confesso. No entanto, orgulho-me de poder dizer: a medida de tempo pela qual se mede meu atraso nunca ultrapassou a unidade horas. Na verdade eu nem sabia que era possível tal feito, mas a universidade está sempre a nos provar que o impossível é possível: por exemplo, que existem mais homossexuais matriculados nas engenharias do que na Belas Artes.

Uma época de tantas surpresas poderia ser facilmente caracterizada como difícil, mas está muito longe de sê-lo. Aliás, muito pelo contrário: formar (isto é, ter um diploma) é a parte mais fácil da vida. Como diriam os antigos, é "mamão com açúcar" perto do vestibular e "fichinha" se comparado à vida que procede a conclusão de curso: o temido futuro (pena não ter nenhuma fonte estilo "Goosebumps" pra escrever a monstruosa palavra...).

Tudo bem, eu reclamo. E reclamo muito. Mas encaro minhas reclamações como um protesto contra a esse desleixo em relação à educação superior (ui, senti um ar de folhetim do DCE?). Pois bem, eu reclamo dos atrasos absurdos. Alguém poderia explicar aos professores what the hell significa data? Alô-ow! Não pode ser tão difícil! Ainda mais (e isso MUITO ironicamente) pra docentes do curso de H-I-S-T-Ó-R-I-A.

Enfim, eu pensava que, se existe um calendário acadêmico, ele assim, só provavelmente, está lá para, hum, ser cumprido. Por outro lado, pessoas da área de humanas não são geralmente boas com números, então aí vai só pra ajudar:

24/02/2008 ≠ 03/03/2008

*Ao som de Melanie C. and Bryan Adams - When You're Gone

sexta-feira, fevereiro 22

Sessão matinal

Na falta de qualquer assunto emocionante ou pensamento criativo (a.k.a. vida entediante e monótona), mas considerando que o presente blog se encontra há uma semana sem atualizações, resolvi escrever hoje.

O fato é que, com a aproximação do início da vida (a.k.a. aulas), tenho tentado consertar meus horários malucos de férias, passando a acordar às 6am ao invés de ir dormir a essa hora. É claro, é óbvio ululante, que eu jamais (lê-se "jamé" - en français!) conseguiria começar a minha vida tão cedo a não ser por uma necessidade maior (a qual está por vir semana que vem), portanto ainda me permito olhar para o despertador e dormir mais um pouco. Alguns dias vou até 07:30, outros (como hoje) até 08:30, mas o que interessa é que já me acostumei a ter vida antes do meio-dia.

Para manter-me acordada uma enorme quantidade de café está sempre à minha disposição, mas o que tem feito mesmo as alegrias de todas as manhãs é... a Xuxa! Não, tô zuando. Há séculos ela não é alegria de ninguém (nem da Marlene Matos e, triste é a vida, mas nem do mundo da fofoca). Minhas alegrias têm sido os filmes. Na ânsia, consegui ver até uma quantidade razoável deles.

Dentre os que me lembro (Bonecas Russas, Antes do Pôr-do-Sol, Asas do Desejo, Sweeney Todd e O Escafandro e a Borboleta) gostaria de destacar um que comecei a ver por obrigação, mas que é um primor e uma fofura: Persepolis.

Não vou escrever uma sinopse porque 1) eu estou com preguiça e 2) gosto de ver filmes sem ter mínima noção do que se trata, presumindo assim que esta seja a melhor maneira de se surpreender com todos os acontecimentos da história.

Sem mais no momento eu me despeço para ir ver o último episódio de Lost.

sexta-feira, fevereiro 15

Índia, seus cabelos...

Será cabelo sinônimo de poder? A pergunta surgiu há lguns momentos atrás na minha cabeça: diga-se de passagem, uma cabeça consideravelmente mais leve. Isso porque ontem resolvi finalmente tomar vergonha na cara e ir cortar o cabelo. Como é costume meu, de tempos em tempos eu enjôo da minha cara e decido que é preciso mais do que "aparar as pontas" pra ficar satisfeita.

Após sair do cabeleireiro (que, coitado, já nem via o chão, tal era a quantidade de cabelo) voltei pra casa bem satisfeita. Ao longo do dia fui reparando melhor no corte e decidi que não estava bom, mas ainda assim eu estava satisfeita pelo simples fato de ter feito uma mudança. Pela noite os ânimos começaram a baixar (embora eu ainda tenho encontrado forças, finalmente, arrumar meu guarda-roupa). Hoje de manhã eu também criei coragem pra sair da cama lá pelas 9:15, tentando consertar meu horário biológico maluco de férias. Desde então tenho me arrastado de uma lado pro outro da casa, sem ânimo pra fazer absolutamente nada.

Será que a história de Sansão e Dalila não é lá tão mentirosa? Afinal de contas é inegável que a queda energética tenha começado desde o momento que fiquei, literalmente, com a cabeça mais leve.

E faz sentido isso que estou dizendo. A Britney Spears também perdeu seu (aham!) "sexy girl power" depois que resolveu ser skinhead. Várias especulações no mundo da fofoca também culpam o corte de cabelo da atriz de Felicity pela queda de audiência da série (eu, particularmente, acho que as pessoas simplesmente se cansaram de ver ela naquela indecisão toda: "Ben ou Noel? Ben ou Noel?"). Tá, o Elton John é careca e é poderoso. Mas ele usa peruca! E alguém já viu alguma música dedicada a pessoas de cabelos curtos? Nãããão. A Perla cantava pra índia de cabelão, não sei quem cantava debaixo dos caracóis dos cabelos de outro alguém, Hair é totalmente sobre, bem, HAIR!

É por essas e por outras que as aulas têm que voltar: vou ter menos tempo pra pensar nessas baboseiras todas.

*Ao som de Carla Bruni - Quelqu'un M'a Dit

segunda-feira, fevereiro 11

"Más que nada", o Grammy precisa ir pra "rehab"

Ontem foi o dia da festa da música: os Grammy Awards. Tá, eu sei que falar "festa da música" é totalmente canal E! Entertainment Television, mas é que eu ainda estou superando minha overdose de "WHO you're wearing?" e outras perguntas de igual importância para o mundo musical.

Na falta do que fazer num domingo à noite, lá fui eu ver as entrevistas do Red Carpet e... F-R-U-S-T-R-A-Ç-Ã-O. Porque, alô-ow!, pra que mais serve um canal de fofocas a não pra criar polêmicas? Fiquei totalmente decepcionada com os críticos da moda que, amégas, nada tinham a criticar! Será inibição?

Enfim, quem não estava inibida mesmo era a tal da apresentadora estrelinha, a tal da Giuliana Depandi, que agora que casou é Giulana Rancic - mas quem quer saber? Aparentemente ela (e somente ela) achava que todos os convidados (os de verdade, os que mais precisamente entravam pra assistir a, aham, "cerimônia") estavam absurdamente interessados na vida pessoal dela. Ela praticamente dava entrevistas. A melhor parte foi quando ela encontrou pra bater um papo de amigas com a Fergie. Ela tava contando sobre a vida dela e dando dicas de como planejar uma cerimônica de casamento! Agora imaginem a cara da Fergie. Ela já sofre com a falta de movimentos faciais devido ao botox, mas escutando aquela baboseira toda, ela tava simplesmente paralisada. Pensando bem, ela podia andar com um fone de ouvido com a Giuliana "Whatever", assim quem sabe as cordas vocais dela também parassem...


Embora o programa tenha me parecido um fiasco (também é a primeira vez que eu vejo os "arrivals" das "stars"), foi "más que nada" ver a Fergie naquele estado. E, claro, a cara fingida e visivelmente ensaiada de surpresa que a Amy Winehouse fazia. Se bem que, pensando bem, pode ser efeito das drogas (que a Amy, diga-se de passagem, deve ter dado pros júris do Grammy). Rehab pro Grammy!

sexta-feira, fevereiro 8

A spoonful of sugar


Meu quarto é uma zona. Eu admito. Eu já perdi a conta de quantas vezes eu tirei tudo lugar e arrumei de novo, sempre tentando uma nova organização, mas o fato é: não dá.

Agora, quando eu vou tentar ajeitar as coisas aqui dentro pra parecer apresentável (pros outros, porque eu já estou conformada), nem tento fixar lugares corretos pra cada um dos objetos, afinal de contas eu sei que vou manuseá-los, que nem sempre vou poder guardar tudo de volta. Sempre pensei que fosse falta de organização minha (e em parte é), mas olha só que sacada de gênio me ocorreu hoje (durante mais uma das faxinas) pra explicar a situação: eu sou (futura-)historiadora!

Vou explicar: minha vida gira em torno de livros. Note que o substantivo está no plural, o que significa que mais de um livro é lido simultaneamente. Aí lê um xerox, volta pro livro, recorre àquela referência, pausa pra um quadrinho, hora de estudar outra matéria, leitura complementar, literatura pra relaxar... Não tem fim! Isso sem contar que o meu quarto parece ter se tornado a biblioteca oficial da casa (mamãe gritando: "Olivia! Guarda esse livro aí!" *exemplar de "O Pequeno Príncipe" sendo atirado dormitório adentro*).

É por essas e por outras (minha preguiça, claro) que eu peço a juda da Mary Poppins. Não é tudo poder usar mágica pra arrumar todas as tranqueiras???

quarta-feira, fevereiro 6

Mamma Mia

Hoje, na falta de qualquer inspiração para posts que contenham algum assunto merecedor de leitura, vou facilitar a vida do internauta (sentiu a linguagem de programa interativo da Globo no ar?) e apenas falarei por imagens.



O mundo seria melhor só com vocês, darlings!

sexta-feira, fevereiro 1

Not a girl, not yet a woman

Não, este post não é uma reclamação das incertezas das pessoas (principalmente mulheres - ou garotas?) da minha idade. Embora o assunto rendesse 75623948852 posts, estou citando Britney Spears (quando eu achei, na minha vida inteira, que iria citá-la?) para ilustrar a situação atual da cidade na qual vivo: Belo Horizonte.

Cidade grande, a terceira maior do Brasil, capitar e, segundo as palavras de muitos belorizontinos, uma "roça grande".

Estava eu andando pela Av. do Contorno outro dia e me deparo com um sex shop megastore. É, era mega mesmo. Tudo bem, afinal de contas é mais do que normal encontrar sex shops por aí. Tem "stand de artigos eróticos" até em feiras de artesanato! Ok, eu não estava abalada. Ainda. Eis que me viro e, ao contemplar o outro lado da avenida, o que é que eu vejo? Uma igreja. Olha, se fosse uma igreja católica eu até tentaria descobrir os horários das missas pra ficar esperando na porta e ver as reações das velhinhas beatas. O tal templo sagrado de Deus (tem que ser com maiúscula, né?), no entanto, era mais algum da franquia do Edir Macedo.

Então das duas uma: ou é jogada de marketing do tal "bispo" (vendas casadas: compre um lugar no céu e leve de graça uma algema de pelúcia) ou BH está realmente aprendendo a conviver com as contradições de uma cidade grande. Embora a primeira possibilidade não possa ser prontamente descartada (afinal, nunca se sabe o que a divina providência irá nos trazer, ainda mais quando tudo o que é divino tem parceria com o Edir Macedo), eu ainda acho que Beagá está nessa fase de não saber o que é. É uma adolescente em crise. Ou uma jovem de vinte e poucos anos.

*Ao som de Silbermond - Du und ich