quarta-feira, abril 30

Don't you get me wrong

Até Jesus (Christ Superstar) ouviu isso. (E dessa vez não é a minha velha piadinha com o nome do *ahaam!* Senhor - essa frase está realmente numa canção do musical.) A frase implica, no entanto, que você inevitavelmente vai ouvir algo que não quer, pois vem acompanhada do odioso "mas": "Não me leve a mal, mas...".

Eu poderia discorrer longamente sobre a crueldade do "mas", mas (ops, lá vem ele!) não estou com vontade de ficar filosofando. Bem, desta vez o uso dele nem foi cruel, visto que eu não suponho que muitas pessoas (do número reduzido de habitantes do planeta Terra - ou não - que lêem este blog) estejam realmente interessadas na idéia por trás do "mas" a ponto de se sentirem mal pelo fato de eu não prolongar a discussão, o que acaba com o fator crueldade nesta particular situação.

Mas (!) e se alguém quisesse saber a minha opinião sobre o assunto? Bem, então eu me empertigaria, feliz da vida por algum ser levar em consideração o que eu falo, e diria: ... Bem, eu não sei exatamente o que diria, mas (!!) tenho certeza que assumiria alguma posição radical - ou não.

E à você que usa o "mas" a torto e a direito: don't you get me wrong, mas (!!!) você está apenas fugindo da sinceridade. E don't you get mw wrong: eu também não sou fã da sinceridade escancarada.

*Ao som de Carly Smithson - Superstar

E vocês ficam com a canção título do meu post:

Musical:


E a versão que eu escuto sem parar e não me sai da cabeça (sim, eu tenho visto muito American Idol):

domingo, abril 6

O delito do anonimato

Este é o título de uma obra de não me lembro quem (seria E.P. Thompson?) lido para a matéria Teoria e Metodologia da História nos idos primeiros meses de 2006. Não me lembro do que fala o texto, nadinha mesmo, mas me lembrei dessa frase quando já havia escrito o texto todo para este post. Mas vamos à coisa em si:

O que seria do mundo sem as anedotas? Eu digo: o mundo virtual, o mundo dos blogs, não teria tanta graça. A bem da verdade, não teria graça nenhuma, pois não me lembro no momento de nenhum blog legal que não trate do cotidiano.

No entanto, aos poucos estou vendo a morte do meu próprio blog, já que todos os dias me faltam histórias para relatar. Não sei se é a falta de acontecimentos ou simplesmente a incapacidade de deixá-los um pouco engraçados. Mas a minha vida não é sem graça. O que me ocorreu, então, é que eu me sinto inibida em escrever coisas do meu dia-a-dia receando que, por se tratar de um espaço público, alguém indesejado pudesse acessar e ler minhas opiniões (quase nunca simpáticas ao resto da população do universo). Me dei conta de que eu devo ser uma das poucas pessoas que não se aproveita da maior invenção da modernidade: o anonimato.

Bem, essa é apenas uma das coisas que eu não aproveito. Outras são: a banalização da promiscuidade, ganhar dinheiro fácil através da Bolsa de Valores e acreditar que o dinheiro pode (e deve) comprar tudo. Incrivelmente, eu ainda sou adepta do mérito totalmente separado do poder econômico.

Infelizmente, isso é o "mundo de Bobby" (créditos para o Pedro, que ficará na memória por sua famosa citação durante aula de Prática de Ensino de História II). Mas acabo de ver que caí um pouco em contradição: como posso viver no mundo de Bobby, que é o mais criativo da face da Terra dos desenhos animados, e ainda me encontrar em crise de criatividade para contar anedotas? Enigmas da vida.

* Ao som de Christina Stürmer - Nie genug

terça-feira, abril 1

A vida é cheia de escolhas difíceis, não é?

É, Ursula. É. Dessa vez eu tenho que concordar com a vilã do meu desenho Disney preferido: é cheia mesmo e isso é um saco!

O mais incrível disso é que, pra falar a verdade, quando abri a página pra criar um novo post e me deparei com a tela toda branquinha, eu ainda não tinha assunto nenhum. De repente me veio a frase da malvada bruxa do mar, acompanhada pela imagem de seus tentáculos e bum! Escrevi o título. Então me pus a pensar o porque dele: que escolha difícil eu tive que fazer nos últimos tempos? Resposta: muitas.

A mais significativa, no entanto, foi desistir do meu ideal pregado (em alto e bom som durante alteração da mente causada pelo álcool - misturado a outras substâncias menos nocivas, claro) durante a última festa de reveillon: que este seria o ano do amor.

Leva um tanto bom de coragem feminina pra dizer aquilo, mas leva muito mais coragem humana em geral pra trocar a resolução de ano novo por algo que não fazia muito parte do plano: levar em consideração a vida profissional. Não que eu esteja a caminho de me tornar alguém brilhante em minha área (ou em qualquer outra), mas devo reconhecer que tenho investido mais tempo nos estudos do que em qualquer outra coisa (sem contar da sexta-feira pra cá, desde quando eu tive um breakdown e ando meio relapsa e propensa ao sono).

Enfim: diferentemente das mudanças anteriores na minha vida (de colégio pra faculdade, de introvertida para menos-introvertida, da vida monótona para a reviravolta de simplesmente decidir dar "tchau" e ir embora - e depois voltar), bastante bruscas, esta veio aos poucos, com pequenas escolhas que na hora parecem não fazer muita diferença, mas que alteram bastante o rumo das coisas. Pra melhor.

No entanto, a mente feminina nunca deixa de pensar num final à la Ariel...