Tem algo que eu preciso confessar. Muitos podem desconfiar disso, outros não fazem nem idéia, ou ainda pode ter gente que tem certeza e nunca se deixou enganar (como eu me deixei), mas eu preciso admitir: eu gosto de futebol.
E não tô falando isso com ar cabisbaixo de pessoa que se rende contrariada. Não, beibe. Eu me descobri (ui!), percebi que não tem como negar pra mim mesma que eu gosto deste esporte que mobiliza as pessoas. E é justamente por isso, por essa força que movimenta uma multidão, que eu gosto de futebol. É irracional? É. Uma vez um professor meu, falando sobre os nacionalismos, comparou-os com torcer por um time. Não tem lógica, a gente não sabe nem o que é direito essa coisa (nação, time), mas a gente tá disposto a brigar com o torcedor do rival sem ganhar nada por isso. Tá, essa parte eu não acho bonita. Eu acho bonito a parte que aproxima as pessoas. Tipo ano passado, quando meu time ia ter um jogo muito importante. A cidade se mobilizou, minha gente! Todo mundo respirava futebol! Eram carros com as bandeiras, pessoas com roupas com as cores do time... E a coisa integrava os torcedores do arquiinimigo também, já que de uma forma ou de outra eles também estavam participando - pra agourar o outro (êita, inveja!), claro, mas ainda assim. Era uma conversa através de buzinas, uma familiaridade entre estranhos. E nem era um dia tão ordinário: estréia de Harry Potter nos cinemas! Ou seja, nem a união harrypotteriana conseguiu se destacar nesse dia como o futebol se destacou!
Meu irmão foi no campo pra ver o grande jogo, contou que em momentos de gol era todo mundo chorando e se abraçando... Gente, é bonito. Eu gosto. Mais legal ainda é Copa do Mundo, porque aí não tem inimizades dentro do nosso país, não é. Nem contra outras nacionalidades, a bem da verdade, porque tem todo um espírito amistoso tomando conta do mundo... Menos quando o assunto é França, mas né?
E futebol pra mim tem um componente familiar. Acho que é isso que eu gosto mais. Não sei por que diabos, mas comecei a ver jogos de futebol e acompanhar campeonatos lá pelos meus 10 ou 11 anos, junto com meu pai. E aqui é necessário destacar: meu pai não é fã de futebol, nem brasileiro ele é e, aliás, nem times realmente decentes o país dele tem (apesar de vez ou outra disputarem a Libertadores - e serem eliminados na primeira fase). Ou seja, ele também começou a ver futebol naquele momento. Aí era noticiário de esportes pra cá e pra lá, ver jogos nos quais nosso time não participava, saber nomes de jogadores... Até que, não sei por que cargas d'água, paramos. E seguiram-se assim vários anos, tempos nos quais eu fui totalmente avessa à futebol e passei a aderir, vez por outra, àquela fala de quem esnoba o esporte só porque ele é de massa: "não acompanho futebol". Bem, acompanhar eu não acompanhava mesmo, mas falar em tom de quem despreza era negar o passado!
Até que surgiu meu irmão. Bem, na verdade ele já existia há tempos, desde 1995 pra ser mais exata, mas é que até então ele era pequeno e não sabia o que era impedimento. Sim, porque a partir do momento que você entende o que é impedimento já era: você pode até não amar, mas que há uma relação entre você e o futebol, isso há.
Enfim, meu irmão é da era do Playstation 2 e tudo o que vem com ele. E em determinada época PS2 era Winning Eleven. E foi aí que ele se descobriu. Sendo de uma nobre estirpe, ele naturalmente encaminhou-se para a torcida de sangue azul (trocadilho infame mode: on) e foi aí que a vaca foi pro brejo. Desde então é impossível ter silêncio e dormir mais cedo às quartas-feiras, não saber pelo menos uns três nomes de jogadores (e que um deles é "burro, perna de pau"), vez por outra ser arrastada pro Mineirão no domingo. E eu resisti. Mas por fim, porque eu sou muito enxerida na vida do meu irmão (e ele é muito reservado), eu resolvi que a melhor maneira de quebrar as barreiras era começar a fazer coisas com ele. Eu apresentei a ele How I Met Your Mother, ele me reapresentou o futebol. Jogo agora é pequena reunião de família.
E não tô falando isso com ar cabisbaixo de pessoa que se rende contrariada. Não, beibe. Eu me descobri (ui!), percebi que não tem como negar pra mim mesma que eu gosto deste esporte que mobiliza as pessoas. E é justamente por isso, por essa força que movimenta uma multidão, que eu gosto de futebol. É irracional? É. Uma vez um professor meu, falando sobre os nacionalismos, comparou-os com torcer por um time. Não tem lógica, a gente não sabe nem o que é direito essa coisa (nação, time), mas a gente tá disposto a brigar com o torcedor do rival sem ganhar nada por isso. Tá, essa parte eu não acho bonita. Eu acho bonito a parte que aproxima as pessoas. Tipo ano passado, quando meu time ia ter um jogo muito importante. A cidade se mobilizou, minha gente! Todo mundo respirava futebol! Eram carros com as bandeiras, pessoas com roupas com as cores do time... E a coisa integrava os torcedores do arquiinimigo também, já que de uma forma ou de outra eles também estavam participando - pra agourar o outro (êita, inveja!), claro, mas ainda assim. Era uma conversa através de buzinas, uma familiaridade entre estranhos. E nem era um dia tão ordinário: estréia de Harry Potter nos cinemas! Ou seja, nem a união harrypotteriana conseguiu se destacar nesse dia como o futebol se destacou!
Meu irmão foi no campo pra ver o grande jogo, contou que em momentos de gol era todo mundo chorando e se abraçando... Gente, é bonito. Eu gosto. Mais legal ainda é Copa do Mundo, porque aí não tem inimizades dentro do nosso país, não é. Nem contra outras nacionalidades, a bem da verdade, porque tem todo um espírito amistoso tomando conta do mundo... Menos quando o assunto é França, mas né?
E futebol pra mim tem um componente familiar. Acho que é isso que eu gosto mais. Não sei por que diabos, mas comecei a ver jogos de futebol e acompanhar campeonatos lá pelos meus 10 ou 11 anos, junto com meu pai. E aqui é necessário destacar: meu pai não é fã de futebol, nem brasileiro ele é e, aliás, nem times realmente decentes o país dele tem (apesar de vez ou outra disputarem a Libertadores - e serem eliminados na primeira fase). Ou seja, ele também começou a ver futebol naquele momento. Aí era noticiário de esportes pra cá e pra lá, ver jogos nos quais nosso time não participava, saber nomes de jogadores... Até que, não sei por que cargas d'água, paramos. E seguiram-se assim vários anos, tempos nos quais eu fui totalmente avessa à futebol e passei a aderir, vez por outra, àquela fala de quem esnoba o esporte só porque ele é de massa: "não acompanho futebol". Bem, acompanhar eu não acompanhava mesmo, mas falar em tom de quem despreza era negar o passado!
Até que surgiu meu irmão. Bem, na verdade ele já existia há tempos, desde 1995 pra ser mais exata, mas é que até então ele era pequeno e não sabia o que era impedimento. Sim, porque a partir do momento que você entende o que é impedimento já era: você pode até não amar, mas que há uma relação entre você e o futebol, isso há.
Enfim, meu irmão é da era do Playstation 2 e tudo o que vem com ele. E em determinada época PS2 era Winning Eleven. E foi aí que ele se descobriu. Sendo de uma nobre estirpe, ele naturalmente encaminhou-se para a torcida de sangue azul (trocadilho infame mode: on) e foi aí que a vaca foi pro brejo. Desde então é impossível ter silêncio e dormir mais cedo às quartas-feiras, não saber pelo menos uns três nomes de jogadores (e que um deles é "burro, perna de pau"), vez por outra ser arrastada pro Mineirão no domingo. E eu resisti. Mas por fim, porque eu sou muito enxerida na vida do meu irmão (e ele é muito reservado), eu resolvi que a melhor maneira de quebrar as barreiras era começar a fazer coisas com ele. Eu apresentei a ele How I Met Your Mother, ele me reapresentou o futebol. Jogo agora é pequena reunião de família.