quarta-feira, abril 18

Sobre tudo e nada

Hoje é um daqueles dias estranhos: tudo e nada acontece, a cabeca gira com um incontável número de pensamentos e opinioes que mudam num milésimo de segundo, uma vontade de fazer todas as coisas do mundo, mas ao mesmo tempo de ficar quieta e desligar.

O tempo passa rápido e devagar...

Agora comeco a pensar neste ano, nessa vida totalmente diferente que eu escolhi viver durante 12 meses. Há momentos de incrível solidao, e eles nao sao raros. Há momentos em que inevitavelmente se pensa: "o que estou fazendo aqui?". Outros sao de recordacoes. Outros de raiva. Várias vezes sinto que nunca estive tao presa; em outros nunca tao livre. Tem hora que tudo o que se quer é encontrar alguns amigos pra conversar: umas vezes encontramos, outras nao. Em algum momento eu me pergunto como posso ser amiga de pessoas que conheco há tao pouco tempo... Mas o tempo é relativo, certo?

Estar num lugar diferente, com pessoas diferentes, significa basicamente uma coisa: você pode ser o que você quiser. Nao posso dizer que me soltei de tudo, que uma operacao mágica se realizou em mim e que, de repente, todas as barreiras que me impediam de ser verdadeiramente eu caíram. Isso seria mesmo impossível, afinal de contas, o "verdadeiro eu" é uma coisa desconhecida. Na verdade o que aconteceu é que, neste tempo todo, eu pude me entender melhor e, dessa forma, agir com mais conviccao, com mais firmeza e sem medo de dizer o que penso. Melhor: sem medo de mostrar que penso e despenso.

Claro, nao é o confinamento absoluto que faz isso. Conversar com pessoas dos mais variados lugares, culturas, idéias, classes... Nao é apenas a diversao de ver todos os dias alguém diferente, é a de se ver diferente também. Cada um traz um tema, é de um modo. E, ao falar com essas pessoas, automaticamente eu descubro mais alguma coisa sobre mim mesma, coisas sobre as quais talvez antes eu sequer tenha pensado.

Conclusao? Nenhuma.

Um comentário:

mauro F disse...

Oh meu deus!
Não leio nada de vc faz taaanto tempo!!
Eu tinha perdido o endereço..

Adorei esse post. É a vida.
Conclusão? Nenhuma.

Depois leio mais.
Beijos do seu quase-amigo-da-turma-da-kombi.

Mauro