terça-feira, abril 21

Magical Mystery Tour

Eu sempre soube que Belo Horizonte não era uma cidade como qualquer outra. A começar pelo próprio clima de cidade interiorana, mas com quase 3 milhões de habitantes. Que BH é uma roça grande todo mundo sabe. Que é um ovo, também. E é igualmente de conhecimento geral que de alguma forma o desconhecido com quem você acaba de travar uma conversa na verdade não é tão desconhecido assim, pois você conhece alguém que é colega do amigo da irmã do tio do tal desconhecido. Agora não mais desconhecido, claro.

Belo Horizonte conta com duas cidades dentro de si mesma: Venda Nova e Barreiro. Nosso Centro pode ser atravessado facilmente a pé, e nele você vai encontrar velhinhas passeando porque não têm nada pra fazer em casa, e ao lado delas vai ver também moleques skatistas, emos, punks, pagodeiros e por aí vai. No mesmo Centro a gente pode passar pelas ruas mais sombrias, cheias de cabines eróticas e cinemas pornôs (além da oferta de experimentação corporal, obviamente), mas também vai encontrar os itens mais tradicionais mineiros ao passar pelo Mercado Central.

Tem o maníaco que furava bundas (!) e tem o senhor que fica tocando acordeon no ponto de ônibus em frente o Edifício Mariana. E já comentei anteriormente do sex shop mega store bem across the street de uma igreja evangélica.

Tudo isso já estava me parecendo realmente normal e eu já me considerava relativamente acostumada com essas contradições da capitar, quando eis que reparo numa placa. Ali na esquina de Afonso Pena com Rua da Bahia, do lado do Othon Palace Hotel, ali onde começa a Feira Hippie e o Parque Municipal, ali em frente o Mercado das Flores está a placa indicando:

Aeroporto Internacional
Pastelândia

Pastelândia?!?!?!?!


*Ao som de Ladysmith Black Mambazo - Homeless

Um comentário:

Ana Porto disse...

Vou reparar na pastelandia...passo ali diariamente e nunca vi!