domingo, janeiro 28

Quem diria... Eu e carpe diem

Eu nao sou uma pessoa apegada às promessas. Acho que isso deu pra perceber. Se nao, é só "rolar" a página mais pra baixo (ou clicar num arquivinho) e relembrar que eu tinha iludido à todos (inclusive a mim mesma) dizendo que iria passar a escrever constantemente as notícias dessa terrinha. Pois bem, como se nota, nao foi o que aconteceu. Desse modo, o título do post anterior pode ser aqui mais uma vez repetido, levando em consideracao que mais e mais coisas aconteceram e continuam a acontecer.

Nesse meio tempo amigos foram embora pro Brasil, alguns antes disso já nao eram tao amigos, outros ficaram cada vez mais próximos. Eu percebi que nao adianta forcar situacoes, tentar me convencer de que tudo vai continuar do jeito que é e me esforcar pra isso. Adoto agora a filosofia "let it be".

Mas indo ao porque de escrever agora: como eu já disse antes (garimpo no arquivo necessário!), só venho aqui quando nao tem nada pra fazer e quando estou disposta o suficiente para escrever sobre minha própria vida e/ou pensamentos, o que só ocorre quando nao estou exatamente bem. Nao, nao precisa de alarme, nao estou morrendo e minha vida aqui nao está horrível, mas é verdade que, em relacao aos últimos meses, deu uma, digamos, decaída de producao.

Viver no ritmo do planejamento de viagens sempre cria perspectivas, parece que há sempre o que fazer e, além disso, você sabe que nao estará no mesmo lugar daqui a pouco e que, no mínimo, quando voltar terá algumas aventurinhas pra se lembrar. Pois é. Acho que no intervalo de tempo entre a última postagem estiveram as viagens para a Itália (calma, nada de Roma! Me limitei à Florenca e Veneza) e a "mochilinha" maluca de fim/comeco de ano. Eu defitivamente acho que ambas merecem serem colocadas no papel, mas prefiro, particulamente, contá-las pessoalmente, ao vivo, com todas as onomatopéias, gritos e outros sons nao identificados que possam ser necessários produzir.
Apenas como preview: noite congelante no deserto do Saara!

Mas o fato é que de repente me deu alguma coisa estranha... Como um cansaco. Eu retiro tudo de carinhoso que possa ter dito sobre a família. Nao odeio eles, tenho uma vida relativamente boa aqui, sempre me tratam muito bem, tenho diversas vantagens, mas... Nao é minha casa, nem nunca será. E por mais que eu tente ficar totalmente à vontade aqui, nao tem jeito. Eles sempre serao uma família e eu a estrangeira, isso nao tem como tentar disfarcar. E nao consigo sentir afeto por ninguém. Eu penso em quando for embora, do que sentirei falta. Vou sentir a mudanca do meu estilo de vida aqui pro ritmo no Brasil, das coisas que eu tenho aqui (coisas bobas mesmo!), o que faco aqui, do dia-a-dia (nao que eu vá sentir falta, mas vai ser muito diferente), mas nao me vejo sentindo falta deles, como pessoas. Isso é estranho, afinal eu VIVO com eles, vejo todos os dias, passo o dia com eles, convivo mais do que convivia com a minha própria família quando estava em casa. Mas nao tenho um pingo de carinho. Eu tento, mas nao dá. Esse era um dos casos nos quais estava pensando quando escrevi sobre forcar situacoes: nao adianta. Eu também já percebi que, por mais que eu seja "a melhor aupair das três", eu sou só mais uma pra eles, um componente da casa que deve estar mais ou menos junto com a preocupacao do aspirador de pó, da lava-loucas ou da faxineira. Ou seja, eu sou só um complemento dos cuidados domésticos, mas nunca parte da família. Tudo bem, eu jamais poderia considerá-los parte da minha também (nao existe base de comparacao entre as duas. Se eu fosse olhar pra eles com meu conceito de família do Brasil, nem consideraria isso que eles têm aqui de família.), mas é inegável que tem certas horas que CANSA. Cansa nao voltar pra casa.

Sem depressoes, é claro. Pra continuar de pé e sobrevivendo com pelo menos uns risinhos falsos quando os meninos fazem algo supostamente "engracadinho" (pra mim nao tem nada de engracadinho), eu me concentro em fazer o que eu sempre fiz até agora: pensar no próximo destino (nunca à long prazo, que fique bem claro), nem que ele seja uma passeada pelo centro da cidade no fim de semana. Descobri o meu modo de aderir ao modo de vida "carpe diem".

3 comentários:

Anônimo disse...

Que estranho, Biba. Apesar de já ter visto você se referir a eles de forma mais carinhosa, nunca imaginei que você quisesse que eles fizessem parte da sua vida de forma "não-descartável".

Apesar de ser, talvez, a coisa mais preocupante e importante (no sentido de séria) na vida de uma aupair, a família é, paradoxalmente, o que faz menos diferença. Sempre pensei assim.

Credo, eu nunca comentei de forma tão séria. Meu humor essa semana tá simplesmente adorável, humpffffff!

[Escreva mais! Pelo menos a minha presença eu garanto sempre!]

Anônimo disse...

MULÉ DE DEUS!
Eu lembrei do título anterior do blog e na hora de escrever o endereço novo juntei tudo, aí coloquei:
www.das-reisebuchvonolibia.blogspot.com

:|
NU! Se o endereço fosse esse eu ia te matar, falta escrever "Amém" do final do troço!
Huahuahuahuahua, eu sou lerda demais.

Só vim falar isso, porque não tem post novo.








NÉÉÉÉÉÉ?!?! :@
Besossssss!

Anônimo disse...

Hhahaahahahahahahaha
vonoliVVVVVVVVVVVVVia.blogspot.com


Olibia é só su papi que fala!