segunda-feira, julho 17

Das Erste

O primeiro...
Primeiro post. Muita coisa pra contar, pouco tempo e espaco. Pouca acentuacao também, como já se pode notar.

Comeco contando da viagem: o vôo para Sao Paulo (pela Varig, Scheiße!) deveria sair do Aeroporto da Pampulha às 6:20. Chegando lá, com o devido tempo de antecedência, a notícia: vôo cancelado. Deveria ir pra Confins e fayer a transferência de empresa. Que ótima maneira de comecar a viagem! Chegando lá, após muita (e poe muita nisso) espera, finalmente consegui fazer a troca para a Gol, num vôo saindo às 8:20. A previsao de aterrissagem foi outra coisa um tanto atrasadinha. O comandante disse "Nove horas e vinte minutos", disso eu me lembro muito bem, mas por razoes climáticas (um temporal em SP) houve um atraso de 1 hora. Até que nao achei ruim, pois em SP o outro aviao sairia só 14:45, so... Melhor esperar em "casa" ou "voando".
Em SP a espera foi longa, isso foi. O desejo pela comida crescendo... Fui procurar meus míseros 25 reais (o resto já tinha trocado por euros) e... Onde estao??? Pois é, nao conseguia achar os benditos. Por isso fiquei ziguezagueando pelo lugar, sentindo o cheirinho do McDonald's e vendo os livros e revistas sem poder comprar nada. O consolo era que pelo menos podia entender tudo (ou quase tudo) que as pessoas diziam ao meu redor (embora naquele momento eu nao visse aquilo como um "consolo"). A hora de entrar para a sala de embarque foi mais dolorosa: passar pelas Duty Free Shops e nao poder comprar nada! Ai, que tortura! Tantos perfumes, iPods, câmeras... Ai, dío! Fora os chocolates...
Finalmente o vôo saiu. É, à partir de entao descobri que nao seria mais entendida por ninguém: toda a tripulacao era italiana (estava indo pela Alitalia para Milao, de onde pegaria outro vôo para Munique - deu pra sentir o drama, né?) e os passageiros eram em sua minoria brasileiros. A gente pensa: com inglês dá pra se virar em qualquer parte do mundo, certo? ERRADO! Pelo menos nao quando você está falando de italianos: é mais fácil entender italiano do que um italiano flando inglês, acreditem! Ai, essas 10 horas de vôo foram um pequeno inferno: o suposto conforto que a mini-TV na frente poderia trazer me foi retirado porque nao sabia onde ligava os fones, e a aeromoca simplesmente nao me atendeu (e eu tinha vergonha - sim, podem me bater - de perguntar pra outro passageiro). Na hora da comida, tao esperada, descobri que os avioes nao sao mais como costumavam ser: além de servirem pouquíssimo, o comissário de bordo ainda me pulou! Oh, mein Gott! Tive que chamar ele de volta! Um constrangimento, pois eu já tava inibida por pelo menos parecer ser a única ali que nunca tinha viajado para a Europa. O pior, eu acho, foi o desconforto. Os nossos ônibus sao extremamente mais confortáveis que esses avioes! Credo, fiquei todo esse tempo toda dobrada, sem poder esticar as pernas e sentadinha (se querem endireitar a coluna, procurem esses avioes, porque no há método melhor pra fazer ficar sentada realmente na vertical!).
E quando se pensa que finalmente o pesadelo acabou, quando anunciam a aterrissagem em Milao, aí é que vem a pior parte!
Em Milao eram 6:20 da manha. Horário do Brasil: 1:20. E é nessa hora ótima, quando queria estar no melhor dos sonos, é que tenho que esperar (note bem a palavra: ESPERAR, a coisa que eu mais "amo" na minha vida) míseras 9 horas! Siiiiiimmmm! NOVE HORAS num aeroporto de calor infernal, escutando um milhao de idiomas diferentes (menos português) e vendo as pessoas ricas comprarem milhares de coisas nas lojas super caras (Valentino, Ferrari, Oscar de la Renta, as Duty Free, os Cafés...). E eu penso: ah, devem haver cadeiras de relaxamento, salas de espera confortáveis, afinal, esse é um aeroporto internacional super movimentado...! Nichts! Nadinha de nada! Preferiria mil vezes SP! Fiquei vagando de cadeira em cadeira, tentando arranjar um lugar com menos gente pra poder dormir. Porque foi isso que eu fiz: me dobrei de qualquer jeito naquelas cadeiras horríveis (mais desconfortáveis de escola! Nelas pelo menos dormimos bem!) e fiquei cochilando que nem uma mendiga! Acho que quem passava devia até ficar com pena (um brasileiro pelo menos ficaria)! Nossa, sério, eu nao aguentava mais! Pensei que ia até passar mal, porque além do mais tinha muito sol e eu nao comi nada todo esse tempo! Quando finalmente chamaram meu vôo eu quase chorei. Só nao chorei porque nao tinha nem mais forcas!
Daí pra frente foi apenas um vôo de 50 min (espera de 9 horas para um mísero vôo de nem uma hora!) com uma ótima paisagem! Como estava claro, pude ver o norte da Itália, Suíca, passei por cima dos Alpes, vi o Bodensee... Ah, a paisagem era linda! A única coisa ruim no vôo foi a pouca comida! Hahahaha!
Chegando em Munique, pensei que minhas malas haviam se extraviado, ia comecar a chorar (no meio da viagem veio o martírio que deveria ser mensal nas mulheres, mas que em mim nunca é, e eu nao tinha um único absorvente na bagagem de mao), quando elas vieram. Ai, que visao do paraíso! Elas estavam lá, intactas! Nunca fiquei tao emocionada por algo que nem deveria ser surpresa, mas obrigacao das empresas!
Por fim, saindo com as malas, lá estava o Gastvater, Enrique. A Gastmutter (Sandra) e a Kind (Lucia) estavam numa festinha de aniversário e nao foram. O caminho de carro foi até rápido e eu já fui vendo como era a paisagem, as estradas, as regras... Muita, mas muita organizacao mesmo! O melhor dessa parte acho que foi ver as motos, que aqui sao bem estranhas (nao sao todas, mas algumas, que sao muito diferentes).

Próximo post...: chegando na casa e conhecendo as acomodacoes.
Nao percam as emocoes do próximo capítulo de..."Das Leben von Olivia"!

Um comentário:

Fernanda disse...

Ai, que triste foi sua viagem. Lunático, no mínimo...
"Tudo há de ser recompensado", eu digo.
Nossa, que horas serão aí com vc???
MORRENDO DE SAUDADES SUAS!!!!!