quinta-feira, maio 29

Cute-meet over

Embora eu seja uma defensora/usuária ferrenha/assídua das ferramentas móveis de áudio (mp3, mp4, celulares e cartões natalinos musicais), devo admitir que eles têm sido responsáveis pela situação agonizante do meu sonho (e, creio eu, sonho de muitas mulheres espalhadas por aí e que têm um mínimo de imaginação à la personagens dos livros de Helen Fielding, criadora da nossa adorada salve!salve! Bridget Jones): conversas espontâneas e inesperadas com estranhos que se tornarão seu grande amor perfeito.

Dei-me conta disso outro dia no ônibus (este espaço que me proporciona tantas experiências e é responsável por quase tudo que é cuspido aqui no blog - além de outros pensamentos não lineares e inconcisos que acabam não sendo publicados). Estava eu, mais uma vez munida de fones de ouvido, chacoalhando caminho afora, quando noto que o ser do meu lado era até simpático. Uma coisa em comum eu já sabia que tínhamos: estudávamos no mesmo campus. Idades compatíveis (pelo menos aparentemente), possivelmente moradias próximas (já que ele se encontrava em pé, quer dizer que ele entrou no veículo quando já não havia mais assentos)... A imaginação já começa a trabalhar, cedo.

Ele está olhando pra esse lado, dá pra ver pelo canto do olho. Ora, mas se quer conversar que fale primeiro, né? Vou continuar olhando a paisagem lá fora. Todo mundo indo trabalhar, pra aula... Credo, que carro abarrotado de crianças! Aff, odeio pirralho que fica fazendo careta pro pessoal sofredor do ônibus. Maldito me paga, um dia eu ainda desço, vou lá e... Concentração no bibelô aqui do lado! E esse motorista ouvindo essa rádio bizarra, hein? Hahaha! Até que essa foi engraçada! Peraí: ele também riu? Riu? Gente, só eu e ele no ônibus inteiro? Vou olhar. (...) Que gracinha. Ele vai falar alguma coisa...!

E aí ele faz uma pergunta e está lançado o pretexto. Simples assim, viu? Agora, com fones de ouvido (no último volume, porque é assim que eu escuto), fica difícil até pra mente feminina criar uma situação verossímil (dentro dos padrões do mundo feminino, claro).

Ele está olhando pra esse lado, dá pra ver pelo canto do olho. Ora, mas se quer conversar que fale primeiro, né? Vou continuar olhando a paisagem lá fora. Todo mundo indo trabalhar, pra aula... Credo, que carro abarrotado de crianças! Aff, odeio pirralho que fica fazendo careta pro pessoal sofredor do ônibus. Maldito me paga, um dia eu ainda desço, vou lá e... Concentração no bibelô aqui do lado! ... Ih, ele é meio bobo alegre, hein? Rindo por aí. Ops, ele viu que eu olhei pra ele! Tá abrindo a boca, vai falar alguma coisa... Detectou fios saindo/entrando das/nas minhas orelhas! Droga, a menina do outro lado faturou. Mocréia.

VIU?!?!?!

*Ao som das invenções do meu cérebro

2 comentários:

Helen disse...

Béééba, que gracinha de post!
Deu pra imaginar a cena direitinhozinho! Amay!

(E olha que tenho que concordar que os fones servem justamente pra isso mesmo: mais do que te divertir com música, eles te afastam da humanidade. Seja a parte boa ou ruim dela. Huahuahauhauhuaa!)

Se você escrever um livro eu compro! :D

(Papi tá melhor, graças a Deus. Mas tomei um susto que vc nem imagina...)

Besos!

marthacomth disse...

hahahaha adorei a adoção universal do termo "bibelô"!!

bibelôs forevah and evah, yeah!